21 de fev. de 2013

Receio

Tenho andado medroso sobre o que escrever aqui.

De tempos em tempos me vêm um monte de idéias a mim interessantes que fico a fim de compartilhar com o leitor através desse útil meio de comunicação. Às vezes, são só idéias, coisas loucas sobre qualquer assunto; mais frequentemente, os assuntos são sobre lingüística -- ou sobre qualquer característica que percebi no meu discurso, na fala da minha família ou de algum amigo meu... ou até mesmo na televisão.

Em geral, eu não sei quem são os meus leitores. Além da minha mãe e de um ou outro que conheço, não faço idéia de quem me leia. Também, não importa: quando iniciei esse blog, a idéia era justamente essa, escrever coisas loucas pra mim mesmo. Só que às vezes parece justamente o contrário acontecer: em vez de escrever pra mim mesmo, coisas que somente a mim interessem, fico pensante sobre o quanto o assunto sobre que aqui resolvi escrever agradará ao leitor. Eu disse pensante? Quis dizer paranóico.

Nos últimos tempos, essa situação tem se agravado. Cheguei ao ponto em que, em vez de escrever, arranjo motivos para não fazê-lo. Como tenho falado só em linguagens e como o assunto recorrente até o futuro relativamente distante deve permanecer linguagens, fico com medo de o leitor me achar repetitivo demais, exagerado, obcecado sempre pelo mesmo tema.

Não sei se é hora de abandonar esse blog. Não pretendo -- e essa postagem tem justamente o objetivo de explicar-me ao leitor e de tentar reavivar a pequena chama que ainda arde por esse blog.

Por fim, essa postagem não foi sobre algo útil, novamente; peço por desculpas, mas tal postagem se fazia necessária.

R$