27 de set. de 2010

Poemas no blog

Tempos atrás, escrevi um poema. Estava ruim da amigdalite - no tempo em que ainda tinha amígdalas - e, não tendo podido sair pra casa de minha tia - pra onde todos foram menos eu -, e tendo ficado em casa, sem nada o que fazer, comecei a matutar um poema, do qual no fim das contas gostei.

A verdade é que de tempos em tempos tenho vontade de escrever um poema aqui ou outro ali. Me inspiro nos joguinhos, nas músicas, nas coisas que estudo, e em tudo mais o que vivo todos os dias. Também é verdade que a maior parte deles simplesmente são esquecidos e ficam perdidos dentro da minha cabeça, que não é capaz de mantê-los por muito tempo. Frequentemente, também, acontece de eu estar num lugar onde não posso escrevê-los. Surgem durante uma fila do RU, no banheiro, ou enquanto andando de ônibus.

Também é verdade que guardei o poema que escrevi dentro de um livro durante quase 10 meses (tendo procurado na internet, descobri que o edital sempre saía em agosto) para descobrir que não podia mandá-lo para o concurso de Poemas no Ônibus, já que ele era grande demais... D=

Enfim... não podendo concorrer com ele, e nem tendo como publicá-lo em um lugar melhor, decidi, então, publicá-lo aqui, no meu blog, já que é o grande lugar que tenho para me expressar (e torcer para ser lido). Espero que os meus leitores gostem, já que, sinceramente, eu acho que ficou bem legal. Em especial, gostaria de pedir que os leitores da informática não me incomodassem com o seu final, afinal, convenhamos, se eu não tivesse posto a palavrinha que eu pus, não teríamos a rima, e eu não ficaria feliz =D.

Sem mais delongas, eis o poema:

Recursão

Você sabe o que é recursão?
Não?
Esquece, então.
...
Então tá. Vou lhe explicar.
Um exemplo vou lhe mostrar.

Imagine um poema de um leitor
que, assim como você, meu senhor,
um poema dos que em ônibus vemos
lesse atenciosamente, retido.
Olha! Dessa história toda temos
um nível de recursão descido.
Um nível a mais teria se ido
se, no poema do nosso leitor,
contasse a história de um outro senhor
que um outro desses nossos poemas,
por acaso também tivesse lido.

Tomara que tenha entendido;
se não, não tem problema:
quem gosta dessas teorias
(na minha opinião, eu diria)
é somente doido varrido
da matemática ou engenharia

John Gamboa - 13/11/09

E aí!!?? Gostaram?? Tomara que sim. Tentarei ter mais poemas escritos para publicar aqui, quando achar que convém.

Era isso =D

R$

Um comentário:

  1. Muito bom! Bom mesmo manoLO. Só arruma ali no fim, acho que engenheiros não sabem o que é recursão, já que isso envolveria eles saberem o que é recursão.

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