Desde que me conheço por gente, ouço músicas internacionais. Na TV, em filmes, em desenhos, na escola (nas aulas de inglês, por exemplo, ou mesmo nos toques de celular que as pessoas põem hoje em dia), etc...
Algo que sempre me chamou a atenção, de qualquer forma, foi o fato de que, apesar de o imperialismo norte-americano ter já nos forçado a aprender boa parte de suas músicas "dos tempos de hoje", mesmo que frequentemente sem querermos (quem é que nunca ouviu Another Brick in the Wall, por exemplo, ou a Friday da Rebeca Black? -- se bem que a internet é um caso meio que a parte), nos tempos da música "clássica" (em seu mundo fechado, de antigamente), os imperialistas não eram falantes da língua inglesa: eram alemães e italianos, em sua grande maioria.
Quem é que nunca ouviu sequer uma vez, por exemplo, essa parte da La Traviata, ou La Dona E Mobile. Quem é que nunca ouviu ou viu algum desenho referenciar "O Barbeiro de Sevilha" ou algum filme referenciar a Marcha Nupcial do Richard Wagner. Aliás... até o Hitler gostava desse último cara, e usava a sua Cavalgada das Valquírias como background para seus discursos (ao menos foi o que eu ouvi falar -- não sei se é verdade mesmo u.u).
Tá certo: eu realmente não faço idéia de qual seja a época de cada um desses autores. Mesmo assim, não se pode negar que a grande maioria desses caras (que fazem sucesso entre as músicas ditas "clássicas) era de uma das duas nacionalidades citadas (e nem precisei citar Handel, Mozart, Beethoven, e Bach, por exemplo).
O objetivo de escrever sobre essas nacionalidades foi porque eu estava enculcado com uma coisa: os corais brasileiros que cantam músicas dessas línguas em geral não sabem o que estão dizendo -- e possivelmente não estejam nem pronunciando adequadamente as sílabas de cada uma de suas palavras. Tenho o exemplo da OSPA: o pessoal do coral muito pouco sabe sobre essas línguas!
Esse assunto me veio à cabeça quando, ontem, eu ensaiava, num dos dois corais religiosos de que faço parte, a música "Oh, Happy Day". Por sorte, eu e o mano (meu irmão gêmeo) não temos problemas com o inglês e pudemos ajudar na pronúncia tranquilamente. Mas a grande maioria (por mais inacreditável que isso possa ser pra quem vive em meio a inglês o tempo todo, jogando, ouvindo música, vendo videos, etc) lá tem tanto ou menos contato com inglês quanto, acho, eu tenho com o alemão (ou seja, conhece algumas palavras -- muitas delas relacionadas ao contexto religioso -- mas não sabe pronunciar, nem mesmo entende a estrutura das frases -- tá... acho que chego a estar melhor no alemão do que grande parte deles no inglês). Mesmo assim, o resultado foi o mesmo que eu enxergo quando assisto à OSPA (é raro, mas eu acho que lembro o suficiente): no meio da bagunça, a pronúncia parece bem certa. A gente tentou simplificar ao máximo as pronúncias (ao ponto de a gente dizer que "taught" deveria ser pronunciado "tóg"). Sinceramente, eu não notaria que eles não sabem quase nada de inglês se eu ouvisse o coral de fora. Fiquei satisfeito. A música saiu bem melhor do que eu esperava, e acho que logo estaremos cantando por aí quando sairmos pra "cooperar" (é o jargão religioso pra "se apresentar" no nosso contexto).
Por fim, o último problema era o seguinte: eu não gosto de cantar sem saber o que estou dizendo, mesmo que esteja "cantando certo" -- não que isso influencie em se eu vou gostar da música ou não, mas só pra saber mesmo. No próximo ensaio combinamos de ter a música traduzida pra todo mundo saber o que está dizendo (para corais não religiosos acho que isso não faria tanta diferença; mas acho que no nosso contexto faz bastante sentido: ninguém gostaria de sair "spreading" algo diferente do que pensa).
Era isso...
Poderia escolher trocar para um layout mais moderninho que o blogger disponibilizou há algum tempo. Demoraria.. hmm... 3 minutos. Basta escolher e botar pra trocar.
ResponderExcluirisso só pra não causar a idéia de que esse blog não é atualizado (coisa que, pelo menos pra mim que conheco os layouts novos e antigos do blogger, causa).