10 de jun. de 2011

Sobre a disciplina de Engenharia de SW

Estou fazendo 5 cadeiras esse semestre (em ordem do horários na semana): Otimização Combinatória, Fundamentos de Tolerância a Falhas, Computação Gráfica, Modelos de Linguagens de Programação e Engenharia de Software.

Todas as cadeiras, sem exceção, são, de alguma forma, sobre assuntos interessantes. Otimização Combinatória (OC), por exemplo, é legal porque o professor que ministra a disciplina é muito bom, como também é o caso de Fundamentos de Tolerância a Falhas (FTF) (essa última poderia ser EXTREMAMENTE ruim - já que é tri envolvidona com essas coisas de engenheiro de que eu realmente não gosto -, não fosse a professora ser uma das melhores professoras do instituto). Computação Gráfica (CG) é disparada a melhor: o professor é sem dúvida o melhor professor com quem estou tendo aula e o mesmo posso dizer da matéria da disciplina. Modelos de Linguagem de Programação (MLP) é uma disciplina legal, com um professor extremamente dedicado, apesar de não ser o mais eloquente em sala de aula. Ele tenta, mas, apesar de o todo ser bem legal, a sua aula não é das melhores.

As cadeiras descritas no parágrafo anterior eu posso dizer que são bem cansativinhas, no fim das contas: FTF tem questionário pra fazer (tu demora entre 1h e 2h pra terminar cada questionário), MLP tem tema em quase todas as aulas (alguns são ENORMES; outros são questão de 15min pra terminar), CG tem trabalhos bem bem bem grandes pra entregar a cada duas semanas, e OC, apesar de não ter trabalhos, é bem complicadona (o professor é fodão mas as provas são bem cobradas e o assunto da cadeira é tenso). Mesmo assim, não são ruins: como eu disse, de alguma forma eu me interesso ou pelo assunto, ou pela aula, etc.

Uma cadeira, em compensação, consegue estar sendo disparada a pior cadeira que estou fazendo desde que entrei na computação: Engenharia de Software.

Quando comecei a cadeira, esperava uma coisa: aprenderemos sobre como são os "processos de desenvolvimento de software", dando uma passada sobre cada um, entendendo as filosofias relacionadas a eles e os motivos que levaram à sua criação. Imaginava que veríamos também algumas boas práticas que fossem independentes dos processos.

O Diagrama de Casos de Uso é extremamente amigável. O cliente, ao ver um desses diagramas, não fica com dúvida alguma sobre o que o usuário é capaz de fazer, certo?
Como começamos a cadeira sem falar muito em UML e RUP (ou o tal do "Processo Unificado), achei que a coisa ficaria assim, sem foco na tal bendita UML. Pensei que no máximo aprenderíamos que existem "esse esse e esse" diagrama e que logo passaríamos adiante, continuando com as filosofias. Passado algum tempo, porém, estagnamos num tal de Diagrama de Casos de Uso (que não foi embora até agora T_T) e, a cada aula, tudo o que vemos são mais e mais diagramas e diagramas (e como esses diagramas da UML se relacionam com o único processo de desenvolvimento de software que importa: o Processo Unificado), motivo pelo qual tenho faltado frequentemente às aulas .

Novamente, cri: "aaa... o motivo de as aulas estarem ruins é relativo ao foco que a gente tá dando em coisas desnecessárias, e não tem nenhuma relação com a professora". Nos últimos tempos, porém, tenho é me incomodado justamente com ela.

Que as suas aulas são monótonas todos já sabem, e isso não é um problema "at all" (exemplifico com o professor de MLP, que tem aulas monótonas mas que ensina a matéria muitíssimo bem). Que ela se incomoda com a conversalhada constante da turma também todo mundo já sabe (aliás... a conversalhada é fruto das aulas monótonas, diga-se de passagem), e é por isso que ultimamente tem feito a chamada no início das aulas, liberando aqueles que aparecem só para ganhar presença (ao menos é o que parece).

Seu trabalho final, porém, é a maior de suas loucuras: estamos usando o Processo Unificado (ou seja, gerando infinitos diagramas e "documentos" - não sei se esses documentos são parte do RUP, mas acho que ao menos ela quer que creiamos que sim - escritos com páginas e páginas que eu duvido que ela vá ler) pra, em 5 etapas, desenvolver uma loja virtual fail fake, de acordo com a especificação feita por outro grupo (sim... ee... no caso... um outro grupo está desenvolvendo a loja de acordo com a especificação do meu grupo). A cada etapa, além de enviarmos via moodle o "documento" com todos os diagramas e bobagens mais gerados, ela ainda EXIGE QUE LEVEMOS UMA CÓPIA IMPRESSA. E, pior do que isso, ela é inconsistente em suas especificações: na etapa 2, não pediu que levássemos uma cópia impressa do relatório individual (esse relatório era pra falarmos sobre as dificuldades que tivemos e coisas mais) gerado por cada aluno, mas somente do "documento" gerado pelo grupo inteiro. Na etapa 3, pediu que levássemos TAMBÉM o relatório individual.
Aqui vai outro adorável diagraminha da UML. Só pra dizer que eu pus outra imagem no blog u.u
Pobres das nossas árvores. Como disse um colega, 90% da mata atlântica deve ter sido desmatada por causa dos caras da Engenharia de Software.

Enfim enfim... essa postagem é só uma reclamação da cadeira de Engenharia de Software. Não aguento mais. Tomara que acabe duma vez... e certamente não farei mais cadeira alguma com essa querida professora - a qual não nominei aqui, apesar de obviamente grande parte dos meus leitores a conhecer.

Não precisava ter lido se não quisesse u.u

R$

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