7 de fev. de 2012

Em Kaiserslautern #1 -- comida, pessoas

Esse é um post sem imagens. Só texto. Tomara que o leitor não se incomode =)

Nos primeiros dias, estávamos perdidos. Na noite de sexta-feira, nem comida tínhamos ainda, e a nossa primeira refeição foi no Mensa: batata frita, uma carne de porco num espetinho de madeira com um molho meio picantezinho (não sei do que era), alfaces (a melhor parte! -- nunca pensei que diria isso) e uma sopa de vegetais.

Segunda-feira, ontem, comemos no Mensa novamente, e eu cria que a alimentação seria diferente. Duas coisas, porém, permaneceram as mesmas: as batatas fritas e a sopa de vegetais. Dessa vez, a sopa estava menos salgada (aaa... aliás: nenhuma água ou qualquer líquido durante a refeição, a menos que seja comprado), e a carne, em vez de porco, era um bife à milanesa, macio como eu nunca tinha comido antes. Em vez de alface, tivemos cenoura com um molho branco, para a minha tristeza: cenoura está longe de ser um dos meus pratos preferidos.

De acordo com uma guria que trabalha no ISGS -- o departamento que ajuda os intercambistas a se instalarem aqui --, tem batata frita quase sempre no Mensa. Se eu estivesse comendo também frequentemente o meu amado feijão com arroz eu admito que não seria um pesadelo. Mas tenho a impressão de que como lanche todo dia. O que tem salvo ultimamente têm sido as jantas, regadas as massas. Aliás, ontem fui a um mercado -- que a mesma guria do ISGS nos sugeriu -- onde em teoria a comida é mais barata. Encontrei arroz! Um de saquinho, que dá pra fazer de um jeito que é sugerido no rótulo (todo em alemão, é claro). Comprei uma massa, e assim que eu conseguir uma panela maior eu vou tentar fazer arroz com massa (+ um molho que eu comprei aqui também e não sei direito comofas pra usar ainda).

Finalmente, sobre as pessoas, deixo aqui a minha primeira impressão: os alemães parecem pessoas sérias, não tão cordiais.  Falam baixo (um colega frequentemente comenta que quando estamos em grupo só ouvimos as nossas vozes e não as dos outros por quem passamos), dizem as coisas diretamente e frequentemente não estão dispostos a tentar nos entender quando demonstramos não falar alemão decentemente (especialmente as pessoas das lojas D=). Não mostram os dentes (ou seja, não sorriem), e parece que esperam que façamos o mesmo. A menos que saibam que tratarão diretamente com uma pessoa durante bastante tempo, não demonstram nem esperam cordialidade. No popular: são frios, distantes (e é exatamente o que me diziam as pessoas ainda no Brasil).

Se essa é ainda a minha primeira impressão, então supõe o leitor que ela possa mudar, e, se o faz, o faz corretamente. Minhas opiniões em geral mudam frequentemente e eu não acho que isso seja algo ruim.

Era isso \o/

R$

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