Uma das primeiras coisas que eu notei ao chegar aqui foi a completa ausência de insetos. Ainda no Brasil, sofria bastante com os mosquitos. Em tempos de muito calor, eles invadem as casas e se tornam inimigos número um do sono do ser humano. Sem um repelente ou um veneno, dormir em sua presença se torna uma tarefa árdua, quase (e talvez até totalmente) incumprível.
Quando cheguei aqui, nos primeiros dias, frequentemente tinha aquela sensação agoniante de que algum desses ávidos malfeitores rodeava o meu ouvido. É claro, era só a sensação: em poucos segundos a minha razão entrava em ação e me lembrava da sua completa ausência. Se o motivo da ausência são as temperaturas abaixo de zero (o que não faria tanto sentido, levando em consideração o fato de que dentro dos ambientes fechados a temperatura beira aos 20°C) ou se eles realmente não existem por essas bandas do mundo, não sei dizer com certeza. Sei, porém, que não sinto falta de nenhum deles.
Os mosquitos não são os únicos seres dos quais não sentirei falta tão cedo. As moscas, que eu gosto de chamar de "o único ser que Deus errou em fazer" (é claro, o que não significa que eu concorde plenamente com isso v_v) e que estão ausentes desde a minha saída do Brasil, também me eram muito mal quistas. Se os mosquitos atrapalhavam o sono à noite, as moscas estorvavam muito mais durante o dia, passando por perto dos ouvidos fazendo barulhos irritantes e pousando por cima da comida, sendo espantadas e logo voltando ao ponto de onde haviam acabado de sair.
Uma coisa boa nesse oásis livre de insetos é o fato de que posso deixar coisas relativamente abertas na cozinha. Como não passam insetos por aqui ultimamente, sei que nenhuma formiga virá me roubar o açúcar aberto, por exemplo. Também sei que nenhuma barata virá visitar as minhas panelas ou os meus armários, e não tenho problemas em deixá-los abertos.
Como o ambiente é bastante seco aqui -- especialmente por causa da calefação, creio eu, que, além de esquentar, seca bastante o ar (o que me faz, diga-se de passagem, frequentemente acordar com bastante sede) --, também parece que não se formam muitos fungos em lugar algum. Desde que cheguei, venho amontoando o meu lixo em um saco, grande, no qual imaginei que, em virtude da grande quantidade de comida e tudo o mais, criar-se-ía uma significativa quantidade de mofo. Que nada: até agora nada. E isso que já fazem quase 10 dias desde o primeiro momento em Kaiserslautern.
Espero que as coisas continuem assim: insetos e mofos são problemas contra os quais eu não teria paciência alguma de lutar T_T
Era isso...
R$
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