25 de fev. de 2011

Alemanha


Não devo ir para a Alemanha.

Durante os últimos 2 anos ou quase isso, planejei e me preparei (e me esforcei de forma que minhas notas fossem boas o suficiente) para que em setembro desse ano eu pudesse ir para esse país, cuja língua até um pouco me dei ao trabalho de aprender.

Fiz planos e imaginei coisas. Seria uma experiência extremamente interessante: eu viveria obrigado a me comunicar utilizando o inglês e o alemão (bastante deficiente, provavelmente, no início) em todos os lugares. Estaria longe dos meus familiares e finalmente não teria ninguém me mandando arrumar minha cama ou exigindo que eu ficasse pondo as despesas no docs u.u.

Mas, finalmente, depois de 2 meses de "atraso", saiu o resultado. Num primeiro momento, quando me inscrevi no processo seletivo, fiquei significativamente descrente de que teria chances: meus concorrentes pareciam tão melhores. Depois de algumas conversas minha auto-estima melhorou: meus colegas com quem eu pretendia ir (não eram concorrentes e eu não tinha nenhuma pretensão de concorrer com eles, já que minhas notas eram bem piores que as deles) me fizeram ver que minhas notas eram suficientes para angariar um "quarto lugar", o que me deixou tranquilo. Entretanto, após algum tempo, finalmente, saiu a listagem, onde fiquei em 7º lugar (de 9).

Normalmente saem 4 bolsas. Nunca foram menos. Mas ano passado foram 6: parece que sobraram umas bolsas da CAPES que eles resolveram aproveitar para esse intercâmbio. Assim, talvez, com muito boa vontade, haja ainda a possibilidade de que eu vá. Mas não devo contar com isso. Meus planos são outros já.

Minha mãe achou estranho que eu não tenha ficado "entristecido" ou "abalado", mas acho que eu não sou dessas coisas. Acho que nunca me frustrei assim com planos que não deram certo. Na maioria das vezes, pra falar a verdade, porque eles dão certo. Mas, como eu gosto de repetir, conformismo é uma característica bem típica em cristãos, e eu acho que não sou diferente. De qualquer forma, não prefiro conformismo, prefiro pensar que estou satisfeito porque outros vão no meu lugar, e desfrutarão daquilo que eu pretendia desfrutar (seja lá o que seja isso u.u).

Acho, enfim, que não fiz a coisa do jeito certo. Não sei se fui mal na entrevista, ou o quê, mas não entendo como fui parar em 7º lugar. Tinha um I3 bem alto, até, em relação aos outros, mas acho que eles nem levaram tanto isso em consideração. Tanto é que o Hugo, primeiro lugar no ordenamento em seu semestre, conseguiu ficar depois de mim O.o. Acho que agora a coisa certa a fazer é seguir com os planos que eu dizia ser "aquilo que vou fazer se tudo der errado na minha vida". Digamos que esse "tudo der errado" aconteceu, mas, como já disse, fiquei bem mais tranquilo quanto a isso do que esperava.

Eu poderia dizer até que dou graças a Deus por saber que ficarei em BR (tem que dar graças pelas coisas boas e pelas coisas más, já "ensinava" Jó), mas só não digo isso porque ainda não sei como as coisas serão a partir de agora, sem ter um objetivo distante como eu tinha até agora que me diga que eu preciso realmente ter notas altas e tudo mais. Aliás.......... graças a Deus: sigo "em frente" lembrando das palavras de Paulo no fim do capítulo 8 de Romanos, que é o que mais eu posso pensar no momento n_n

De qualquer forma............ "Eu estou sintetizando felicidade"... pelo que se vê =D

Era isso.......

R$

Um comentário:

  1. John, bah espero que tu venhas cara!

    Mas dá uma olhada: http://www.kth.se/en/studies/programmes/master/em/emdc;jsessionid=14AD769901AE70A6B880CD3B7FDD9401

    Tem muitas oportunidades assim, essa da UFRGS não é a única:

    http://ec.europa.eu/education/external-relation-programmes/doc72_en.htm

    abração

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